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HOMOSSEXUALIDADE ETC

HOMOSSEXUALIDADE ETC

HOMOSSEXUALIDADE ETC

 

.1. Neste estudo, eu vou citar acadêmicos, tais como, o médico Dráuzio Varella, o geneticista Eli Vieira, o biólogo Paulo Pedrosa, o neurocientista Simon Levay, o biólogo molecular Bill Sullivan, a geneticista Tara Rodden, o médico psiquiatra Jairo Bouer, dentre outros. Caso discorde de algo, ANTES de comentar, leia TODO esse estudo, com atenção, e, DEPOIS, comente, com palavras simples, de maneira direta e objetiva, citando as fontes acadêmicas.

2. Embora o assunto principal deste estudo seja a homossexualidade, também será abordado um pouco sobre hermafroditas, assexuados e transexuais. Neste estudo, NÃO será abordada a questão religiosa.

 

SERIA DE NASCENÇA?

3. Há quem entenda que a homossexualidade NÃO pode ser de nascença, pelo fato de não existir gene homossexual, pelo fato de não existir cromossomo homossexual, MAS é importante considerar que também NÃO existe gene hermafrodita, NÃO existe cromossomo hermafrodita, MAS, mesmo assim, existem pessoas que nascem hermafroditas.

4. De acordo com o doutor em Patologia Vinay Kumar, o patologista Abul K. Abbas e o doutor em Patologia Jon C. Aster, (1) nem tudo que é de nascença é necessariamente algo genético e (2) nem tudo que é genético é necessariamente de nascença (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013, p. 215, 216).

5. O biólogo Paulo Pedrosa diz que, independente de a homossexualidade ser algo GENÉTICO ou não, mesmo assim, existem INDÍCIOS que mostram que a homossexualidade possui elementos de nascença (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 142,144)

6. O doutor em Neurociência Simon Levay explica que existem casos de homens heterossexuais que passaram a sentir desejo homossexual, após sofrerem danos cerebrais, ou após terem que passar por uma castração cirúrgica ou química, devido ao câncer de próstata (LEVAY, 2017, p. 120, 121, 172).

7. De acordo com a doutora em Genética Tara Rodden Robinson, aproximadamente um a cada 500 meninos são XXY (ROBINSON, 2015, p. 76)

8. Sobre a ORIGEM da homossexualidade, o neurocientista Simon Levay, o qual possui doutorado em Neurociência, explica que, no meio científico-acadêmico, o que se tem, por enquanto, é TEORIA, baseada em observação e experimentos, mostrando que a homossexualidade ou bissexualidade surge dentro do útero e os principais fatores são os HORMÔNIOS sexuais e os sistemas cerebrais (LEVAY, 2017, p.163). Vamos ver mais detalhes sobre isso mais adiante.

9. O biólogo Bill Sullivan, o qual possui doutorado em Biologia Molecular, explica que é IMPROVÁVEL que somente um único gene determine a orientação sexual, mas sim que seja determinada por vários genes, juntamente com a influência do ambiente dentro do útero (SULIVAN, 2019, p. 211).

10. O médico Leonard Sax, citando o doutor em antropologia biológica Melvin Joel Konner, diz que a cultura expande a biologia, ou seja, a cultura humana realça aquilo que é biologicamente programado (SAX, 2019, p. 430).

11. Sobre influência social, observe o que o doutor em História Pedro Paulo Funari diz, que na Grécia Antiga, entre os ricos, havia o costume de os professores terem relações sexuais com os meninos e isso NÃO era opcional, mas sim uma imposição social (FUNARI, 2019, p.58,59).

*Reflita: Você, homem, que é heterossexual, IMAGINE que você fosse de uma família rica da Grécia Antiga. O seu professor teria relações sexuais com você. O que será que acontecia com a sexualidade desses meninos heterossexuais, após terem essa PRÁTICA homossexual imposta? Será que eles acabavam desenvolvendo algum DESEJO por homens, embora continuassem preferindo mulheres?

12. Neste exemplo dos gregos antigos, observa-se que o costume social conseguiu influenciar na sexualidade das pessoas.

13. Agora, vamos ver um caso INVERSO. O neurocientista Simon Levay, o qual possui doutorado em Neurociência, comenta sobre o caso de Bruce Reimer, o qual, com sete meses de vida, em uma cirurgia de fimose malfeita, acabou perdendo o pênis.

14. Os pais do menino foram aconselhados a fazer a cirurgia de retirada dos testículos do menino e de criá-lo como menina e assim os pais fizeram. Mas o menino, apesar de estar sem pênis, sem testículos e de ser criado como menina, ele nunca se sentiu como menina, detestava ter seios e, por fim, procurou ajuda médica para conseguir ter um aspecto masculino. Bruce, conhecido como Brenda, mudou seu nome para David Reimer (LEVAY, 2017; P. 20,21).

Observe que, no caso de David, parece que a criação não conseguiu influenciar em nada. Com isso, entende-se que a sexualidade humana é algo complexo, havendo variações de caso para caso.  

 

OUTROS CASOS

15. O doutor Simon Levay também comenta sobre um estudo feito por cientistas das Instituições de Medicina John Hopkins, o qual foi feito com quatorze bebês do sexo masculino, que haviam nascido com deformação genital, sem possibilidade de recuperar o pênis e que esses meninos, desde bebês, foram criados como meninas, PORÉM, embora eles não tivessem pênis e fossem criados como meninas, quando eles cresceram, a maioria procurou ajuda médica para conseguir ter algum aspecto masculino, pois eles sentiam atração por mulheres (LEVAY, 2017, p. 21).

16. Outro caso um tanto diferente é o caso de um menino que havia perdido o pênis com dois meses de idade e que foi criado como menina, mas que, NESSE CASO, (1) por um lado, esse menino aceitou a IDENTIDADE de GÊNERO feminina, ou seja, ele se sentia bem com a APARÊNCIA de menina, mas, (2) por outro lado, esse menino tinha muito mais ORIENTAÇÃO SEXUAL por mulheres, ou seja, ele sentia muito mais atração por mulheres (LEVAY, 2017, p. 21).

17. O doutor neurocientista Simon Levay explica que os casos analisados sugerem que, embora tanto a IDENTIDADE DE GÊNERO quanto a OREIENTAÇÃO SEXUAL sofram influências sociais, por outro lado, a ORIENTAÇÃO SEXUAL, ou seja, a atração sexual, sofre menos influência da sociedade, ou seja, a parte biológica influencia mais do que a criação social (LEVAY, 2017, p. 21).

"Olhando para todos esses casos juntos, parece que a IDENTIDADE DE GÊNERO pode ser algo mais passível à influência social do que a ORIENTAÇÃO SEXUAL. Aqui, também, a natureza geralmente supera a forma de criar." (LEVAY, 2007, p. 21)

"Looking at all these cases together, it seems that gender identity may be somewhat more susceptible to social influence than is sexual orientation. Here too, however, nature usually trumps nurture." (LEVAY, 2017, p. 21) 

18. O médico e doutor em Psicologia Leonard Sax fala sobre o caso de duas meninas gêmeas. Quando eram crianças, uma gostava de rolar na lama e de jogar futebol e a outra gostava de brincar com bonecas Barbie e de usar batom. O curioso é que a mãe das meninas, uma feminista tradicional, quase não usava batom e não gostava de bonecas Barbie e, devido a isso, a mãe das meninas não conseguia entender como uma de suas filhas havia aprendido a se interessar por batom e a gostar de bonecas Barbie, que acabava ganhando dos tios (SAX, 2019, p. 28, 29).

19. O médico Leonard Sax cita outro exemplo de duas meninas com idades diferentes. Uma filha era bem masculina, gostava de brincar com os meninos, fazia guerra de bolas de neve e subia em árvores, enquanto que a outra filha era bem feminina, gostava de bonecas e vestidos. A mãe e o pai das meninas deram para a filha feminina um conjunto de carrinhos de brinquedo, mas a menina colocava lacinhos nos carrinhos e colocava os carrinhos para dormir, fazendo de conta que os carrinhos eram bonecas (SAX, 2019, p. 168, 169)

20. O médico Leonard Sax também conta o caso de dois meninos gêmeos. Embora os dois, desde criança, tivessem tido a mesma criação, um menino era bem masculino, enquanto o outro menino era bem feminino e, desde os três anos, dizia que queria ser menina (SAX, 2019, p. 334).

Reflexão: Como que duas crianças tendo a mesma criação possuem comportamentos tão diferentes? 

21. O médico Leonard Sax explica que, mesmo que dois meninos tenham o mesmo nível de testosterona, um pode ter um aspecto menos masculino do que o outro (SAX, 2019, p. 278).

22. O médico Leonard Sax explica que cada gene é composto por unidades chamadas códons. A diferença é que o receptor andrógeno de um menino pode ter mais códons CAG do que o receptor do outro menino. CAG significa citosina, adenina e guanina. Quanto menos códons CAG o menino tiver, menos aspecto masculino tal menino terá (SAX, 2019, p. 277).

 

PAIS HOMOSSEXUAIS

23. O doutor Simon Lavay diz que a grande maioria dos homossexuais possuem pai e mãe heterossexuais (LEVAY, 2017, p. 21) e, de forma INVERSA, também diz que, de acordo com vários estudos, o fato de crianças serem criadas por pais ou mães homossexuais não influencia na orientação sexual de tais crianças (LEVAY, 2017, p. 22).

 

AUSÊNCIA PATERNA

24. O doutor Simon Levay diz que, embora um grande número de homens homossexuais afirme ter tido um relacionamento mais próximo com a mãe, de forma INVERSA, também existem vários homens homossexuais que afirmam ter um relacionamento próximo com o pai e também, de forma INVERSA, há vários homens heterossexuais que não têm um relacionamento próximo com o pai (LEVAY, 2017, p. 16).

 

O ABUSO SEXUAL

25. O doutor Simon Lavay também diz que a grande maioria de pessoas que foram abusadas sexualmente quando crianças não se tornaram homossexuais nem bissexuais e, de forma INVERSA, diz que muitos homossexuais e bissexuais nunca foram abusados na infância (LEVAY, 2017, p. 20).

 

ASSEXUADOS

26. O psicólogo Luigi d'Andrea fala sobre pessoas que são ASSEXUADAS, ou seja, são basicamente aquelas pessoas que nunca sentiram vontade de fazer sexo (ANDREA, 2017, p. 16).

***Reflita: Ser um pessoa adulta que nunca teve desejo sexual é questão de escolha?

27. Curiosamente, existem pessoas assexuadas românticas, ou seja, são pessoas assexuadas que se apaixonam. E ainda mais, existem assexuados românticos HOMOSSEXUAIS, ou seja, são pessoas que, embora nunca tiveram vontade de fazer sexo, mesmo assim, se apaixonam por pessoas do mesmo sexo, isto é, são assexuados homoafetivos (ANDREA, 2017, p. 17).

***Reflita: Ser homossexual sem nunca ter tido vontade de fazer sexo é questão de escolha?

28. De acordo com o neurocientista Simon Levay, 1% da população é assexuada, sendo que a maioria dos assexuados são mulheres, também alguns assexuados se apaixonam, porém sem ter desejo sexual, e existem algumas evidências biológicas associadas à assexualidade (LEVAY, 2017, p. 156).

 

NÃO É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

29. De acordo com o médico psiquiatra Içami Tiba, existem pessoas que nascem com TENDÊNCIA homossexual, enquanto outras se tornam homossexuais depois que nascem (TIBA, 1994, p. 116) 

"Antes de tudo, é preciso entender que há pessoas que já NASCEM com tendência HOMOSSEXUAL e outras que se tornam assim no transcorrer da vida. Há também as que são transitoriamente homossexuais e as que são bissexuais. Essas variações dependem do momento em que o DESEJO é orientado em cada pessoa" (TIBA, 1994, p. 116)

30. Mas será que a pessoa escolhe sentir o desejo homossexual, ou o desejo homossexual simplesmente aparece na pessoa? O biólogo Paulo Pedrosa fala sobre pessoas que desde criança já possuem um jeito homossexual, PORÉM, sendo somente após a puberdade é que se pode constatar que a maioria delas, de fato, são homossexuais (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 134,135).  

 

DESEJO E PRÁTICA

31. Vamos relembrar a diferença entre desejo e prática. Imagine um homem que tenha desejo sexual APENAS por mulher e que ainda seja VIRGEM. Nesse caso, vemos que esse homem tem o DESEJO, mas talvez tenha escolhido NÃO ter a PRÁTICA ainda. Ou seja, (1) a PRÁTICA sexual pode até ser uma questão de escolha, (2) MAS o sentir o DESEJO sexual NÃO é uma questão de escolha, não é uma questão de opção.

32. Responda: Você consegue imaginar um homem que só goste de mulher e que, em algum momento da vida, venha a fazer uma ESCOLHA em deixar de gostar de mulher e que CONSIGA deixar de gostar de mulher para começar a gostar APENAS de homem?

33. O biólogo Bill Sullivan, o qual possui doutorado em Biologia Molecular, explica que o homossexual NÃO escolhe sentir a ATRAÇÃO homossexual. Bill Sullivan diz:  

"[...] A ATRAÇÃO pelo mesmo sexo NÃO é diferente da ATRAÇÃO que os heterossexuais experimentam. Ambos possuem uma base biológica e são programados no cérebro ANTES do nascimento, baseado em uma COMBINAÇÃO de genética e condições ambientais, nenhuma das quais o feto escolhe. Os heterossexuais NUNCA se lembram sobre o dia em que eles saíram para caminhar e que decidiram estar APENAS atraídos por pessoas do sexo oposto." (SULLIVAN, 2019, p. 213).

"[...] same-sex attraction is not unlike the attraction heterosexuals experience. Both have a BIOLOGICAL basis and are programmed into the brain BEFORE BIRTH, on a MIX of GENETICS and environmental conditions, none of which the fetus chooses. Heterosexuals never reminisce about the day they went out for a long walk and decided to only be aroused by members of the opposite sex." (SULLIVAN, 2019, p. 213).

34. O médico psiquiatra Jairo Bouer explica que o DESEJO homossexual NÃO é uma questão de escolha: "As pessoas NÃO escolhem se vão ter DESEJO por alguém do mesmo sexo ou do sexo oposto. Elas se percebem sentindo esse desejo. Por exemplo, você acha que escolheu sentir atração por garotas? Não escolheu! Você é assim e ponto." (BOUER, 2002, p. 111).

35. O neurocientista Simon Levay, o qual possui doutorado em Neurociência, explica que, se a orientação sexual fosse uma questão de escolha, os homossexuais se lembrariam dessa escolha (LEVAY, 2017, p. 22).

"Se a orientação sexual é uma escolha, os homossexuais deveriam se lembrar disso [...] Em contraste, 90% dos homens homossexuais e 50% das mulheres homossexuais disseram que eles sentiam que haviam nascido homossexuais." (LEVAY, 2017, p. 22)

"If sexual orientation is a choice, gay people should remember having made it [...] In contrast, 90% of the gay men and 50% of the lesbians said that they felt they were born gay." (LEVAY, 2017, p. 22)

36. O biólogo Paulo Pedrosa afirma que, mesmo que a pessoa homossexual diga que ESCOLHEU ser homossexual, por outro lado, na Comunidade Científica, existe um consenso - com raras exceções - de que a homossexualidade NÃO é uma escolha da pessoa, ou seja, ninguém ESCOLHE ser homossexual. Paulo Pedrosa diz:  

"Embora entre a população ainda haja briga de foice sobre opiniões pessoais acerca da homossexualidade, na COMUNIDADE CIENTÍFICA (salvo raras exceções) é PONTO PACÍFICO que ela NÃO é uma ESCOLHA do indivíduo - mesmo que ele pense que é." (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 152)

37. O médico Dráuzio Varella diz o mesmo, afirmando que a sexualidade humana NÃO é uma questão de OPÇÃO da pessoa, mas sim é algo que já está na pessoa, SEM que tal pessoa tenha ESCOLHIDO, OPTADO. Dráuzio Varella diz:

"[...] a sexualidade humana NÃO é questão de OPÇÃO individual, como muitos imaginam; ela simplesmente se impõe a cada um de nós. Simplesmente, é!" (VARELLA, 2006, p. 84)  

38. O geneticista Eli Vieira, num artigo em seu site (acesse o site), afirma que as pessoas homossexuais NÃO escolheram ser homossexuais (VIEIRA, [20--?]). Eli Vieira diz:

"Quem apresenta a orientação sexual majoritária [...] PRECISA no mínimo EXAMINAR-SE honestamente e estabelecer QUANDO foi que escolheu se sentir ATRAÍDO por um sexo/gênero DIFERENTE do seu. E a resposta honesta é que NÃO escolheu, e portanto NÃO tem qualquer elemento evidencial para alegar [...] que homossexuais escolhem ser homossexuais."

39. O médico e doutor em Psicologia Leonard Sax explica que existem homens homossexuais que, por causa da PRESSÃO SOCIAL, acabam namorando mulheres e até fazendo sexo com elas e, para que esses homens homossexuais consigam fazer sexo com mulheres, eles imaginam que a mulher é um homem e, de forma INVERSA, na prisão, existem homens heterossexuais que fazem sexo com homens e, para isso, eles imaginam que estão fazendo sexo com mulheres (SAX, 2019, p. 286)

 

EXISTE EX-HOMOSSEXUAL?

40. Existem homens que afirmam serem ex-homossexuais, porém observa-se que tais homens ainda continuam com o jeito efeminado, muito embora o fato de um homem ter um aspecto bem masculino não significa necessariamente que tal homem seja heterossexual. 

41. O biólogo Paulo Pedrosa explica que (1) existem pessoas que PARECEM ser homossexuais, mas que NÃO são e, de forma INVERSA, (2) existem pessoas que NÃO parecem ser homossexuais, mas que são (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 133, 134).

42. O médico Leonard Sax explica que (1) existem homens bem masculinos, mas que são homossexuais e, de forma INVERSA, (2) existem mulheres bem femininas, mas que também são homossexuais (SAX, 2019, p. 296, 297).

 

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSICOLOGIA

43. De acordo com a Associação Americana de Psicologia, a homossexualidade NÃO é considerada como desordem mental, mas sim é considerada como uma variação normal (ANTON, 2010, p. 29,31). Não existe evidência suficiente que mostre que intervenções psicológicas possam mudar a orientação sexual (ANTON, 2010, p. 31).

44. Segundo o psicólogo Joseph Nicolosi, algumas pessoas modificaram a própria IDENTIDADE de orientação sexual, modificaram o comportamento e valores, fazendo isso de várias formas, com resultados variados, imprevisíveis e temporários (NICOLOSI et al., 2000), PORÉM, conforme a Associação Americana de Psicologia, tais resultados NÃO possuem confirmação científica (ANTON, 2010, p. 30).

45. O biólogo Paulo Pedrosa diz que o tratamento hormonal é muito agressivo para o ser humano e que, em caso de pessoas que tomam hormônios para tratamento, como no caso de mulheres na menopausa, a ingestão deve ser em pequena quantidade, com acompanhamento médico (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 140, 141).

46. Mas será que as pessoas que afirmam ser ex-homossexuais NÃO sentem mais o desejo homossexual? Como isso poderia ser VERIFICADO cientificamente?

47. Para verificar se o homossexual de fato deixou de ter desejo homossexual, o neurocientista Simon Levay explica que existem três maneiras:

48. A princípio, imagens de homens e de mulheres devem ser mostradas. Depois, podemos medir o tempo que a pessoa gasta olhando para os homens e para as mulheres (LEVAY, 2017, p. 2); outra maneira seria colocar um sensor no pênis ou na vagina do paciente e observar as variações de excitação sexual, enquanto a pessoa olha para as imagens; e uma outra forma seria observar as pupilas dos olhos, pois, quando a pessoa fica sexualmente excitada, a pupila do olho aumenta (LEVAY, 2017, p. 3).

 

MANUAL DE GENÉTICA DO COMPORTAMENTO (2009)

49. O Manual de Genética do Comportamento de 2009 apresenta estudos que mostram que, se uma pessoa for homossexual e tiver um irmão gêmeo idêntico, existe uma probabilidade maior de esse irmão também ser homossexual do que se fossem gêmeos não idênticos e isso sugere tanto um aspecto genético (KIM, 2009, p. 271,272) quanto um aspecto ambiental (KIM, 2009, p. 276) e também, quando uma mãe tem vários filhos homens, existe uma probabilidade maior de que o filho mais novo seja homossexual (KIM, 2009, p. 277)

 

REVISTA SCIENCE (2019)

50. Em um artigo publicado em 2019 pela Revista Científica Science, chamado "Estudos de Associação em Todo o Genoma em Grande Escala" (leia o artigo), é dito que estudos de família e de gêmeos têm mostrado que a homossexualidade é, em partes, influenciada geneticamente (GANNA et al., 2019, p. 1)

51. Esse estudo foi realizado com quase 500 mil pessoas (477.522 pessoas), revelando cinco locos no DNA, associados, de alguma forma, à homossexualidade. Tem-se observado que a homossexualidade ocorre com mais frequência em gêmeos idênticos do que nos não idênticos (GANNA et al., 2019, p. 1).

52. O estudo SUGERE que, ao menos, alguma influência genética se manifesta cedo, no desenvolvimento sexual (GANNA et al., 2019, p. 4).

53. Certamente não existe um gene homossexual, mas existem locos no DNA, com pequenos efeitos, os quais contribuem na predisposição do comportamento homossexual (GANNA et al., 2019, p. 6).

 

MULHERES E HOMENS

54. O médico Dráuzio Varella explica que, além dos aspectos óbvios, por exemplo, homens, em média, são mais altos e possuem mais força muscular que mulheres e mulheres podem engravidar (VARELLA, 2006, p. 50, 56), outras diferenças menos óbvias também são biológicas.

55. Por exemplo, os homens, de forma geral, demonstram mais habilidades com mapas e com máquinas, enquanto que as mulheres são melhores no relacionamento social e na comunicação verbal e, desde a infância, as meninas se desenvolvem mais rápido que os meninos e, com relação a brinquedos, até entre os macacos, os machos preferem brincar com carrinhos e as fêmeas preferem bonecas (VARELLA, 2006, p. 50, 51) e as mulheres têm a habilidade de executar várias tarefas ao mesmo tempo (VARELLA, 2006, p. 52, 53).

"Dados experimentais demonstram que essas características sexuais estão ligadas a fatores biológicos. [...] Na infância, os machos de diversas espécies de macacos preferem brincar com carrinhos, enquanto as fêmeas escolhem bonecas." (VARELLA, 2006, p. 51).

56. O médico Leonard Sax diz que o sexo biológico parece predominar sobre a orientação sexual, por exemplo, de forma geral, (1) os homens, sejam eles heterossexuais ou homossexuais, apresentam um maior interesse por sexo casual, masturbação e pornografia do que (2) as mulheres, sejam elas heterossexuais ou homossexuais (SAX, 2019, p. 302, 303).

57. Para as mulheres, sejam heterossexuais ou homossexuais, de forma geral, a satisfação sexual vai além da excitação sexual e do orgasmo (SAX, 2019, p. 308).

 

UM POUCO DE HISTÓRIA

58. Para o filósofo Michel Foucault e outros, a ideia de homossexualidade é algo moderno, porém, para o historiador John Boswell e outros, a homossexualidade existia na história pré-moderna, porém com termos diferentes (GREENBERG, 2004, p. 129).

59. O doutor em História Pedro Paulo Funari diz que

"A partir do século XIX d.C., houve um crescente interesse do homem pelo estudo das ciências [...] a sexualidade passou a ser considerada algo cientificamente estudável. Alguns estudiosos levaram essa perspectiva aos extremos de quantificar tudo o que se refere ao sexo: quantas relações sexuais por semana, quanto tempo leva cada uma, qual o número de parceiros, qual o sexo dos parceiros. Criaram-se, então, conceitos novos, como o de homossexualidade [...] surgiram conceitos como heterossexualidade e bissexualidade." (FUNARI, 2019, p. 56, 57).

60. Segundo o doutor em Psicologia Paulo Roberto Ceccarelli, algumas passagens da obra de FREUD abriram novas perspectivas sobre a sexualidade humana (RIAL, 2010, p. 269) e o biólogo Paulo Pedrosa comenta sobre ALFRED KINSEY, o qual, durante os anos de 1940 e 1950, foi um PIONEIRO sobre os Estudos da Sexualidade Humana, desenvolvendo a Escala Kinsey, a qual mede a sexualidade humana (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 128, 152).

 

PSICANALISTA FREUD

61. Em um texto de Freud, chamado "A Psicogênese de um Caso de Homossexualismo numa Mulher", publicado em 1920, Freud diz que a homossexualidade possui muitas formas e que não é possível abandonar o desejo homossexual: 

"Os êxitos da terapia psicanalítica no tratamento da homossexualidade, que, aliás, apresenta MUITAS FORMAS, não são, de acordo com os números, realmente excepcionais. Via de regra, o homossexual NÃO pode ABANDONAR seu objeto de prazer; NÃO é possível convencê-lo de que o prazer ao qual ele aqui renuncia seria reencontrado em outro objeto, no caso da mudança." (FREUD, 2016, p. 162)

62. Freud continua dizendo que o homossexual passa por tratamento, devido à pressões sociais, mas os esforços para deixar o desejo homossexual não são eficazes:

"se acaso se submete ao tratamento é porque, em geral, motivos externos o PRESSIONAM: as desvantagens sociais e os perigos de sua escolha de objeto; e esses componentes da pulsão de autoconservação demonstram ser MUITO FRACOS na luta contra as aspirações sexuais." (FREUD, 2016, p. 162, 163)

63. Freud não deu expectativas aos pais da moça de que seria possível torná-la heterossexual:

"Por essas razões, evitei COMPLETAMENTE oferecer aos pais a perspectiva da realização do seu desejo. (FREUD, 2016, p. 163).

64. Em outro texto de Freud, chamado "Carta a uma Mãe Preocupada com a Homossexualidade de seu Filho", publicado em 1935, Freud diz:

"A homossexualidade certamente NÃO é uma vantagem, tampouco é algo de que se envergonhar, NÃO é nenhum vício, nenhuma degradação, NÃO pode ser classificada como doença; nós a consideramos uma variação da função sexual produzida por uma detenção no desenvolvimento sexual." (FREUD, 2018, p. 349)

65. Freud Continua:

"Muitos indivíduos altamente respeitáveis, tanto da Antiguidade quanto de tempos modernos, foram homossexuais, vários dos maiores entre eles (Platão, Michelangelo, Leonardo da Vinci, etc). É uma grande injustiça, e também uma crueldade, perseguir a homossexualidade como se ela fosse um crime." (FREUD, 2018, p. 349)

 

UM POUCO SOBRE GENÉTICA

66. Qual seria a diferença entre CROMOSSOMOS, DNA e GENES? Vamos relembrar um básico sobre Genética.

67. A bióloga Tara Rodden Robinson, a qual possui doutorado em Genética, explica que o ser humano possui (1) células não sexuais (2) e possui CÉLULAS SEXUAIS.  As células sexuais das mulheres são os óvulos e dos homens são os espermatozoides (ROBINSON, 2015, p. 22).

68. De forma geral, as células humanas possuem núcleo (ROBINSON, 2015, p. 85). Dentro do núcleo, encontramos vários CROMOSSOMOS (ROBINSON, 2015, p. 84).

69. A célula humana possui 22 pares de cromossomos não sexuais, totalizando 44 cromossomos não sexuais, os quais são representados por números e possui 2 cromossomos sexuais, os quais são representados pelas letras X e Y. juntando os cromossomos não sexuais com os cromossomos sexuais, temos um total de 46 cromossomos (ROBINSON, 2015, p. 23, 68, 70).

70. Os dois cromossomos sexuais da mulher são chamados XX e os do homem são XY (ROBINSON, 2015, p. 23, 68), porém a doutora em Genética Tara Rodden explica que UM a cada 500 hmens são XXY. (ROBINSON, 2015, p. 76).

71. Na genética, as características físicas são chamadas de FENÓTIPOS (ROBINSON, 2015, p. 25). O fenótipo para o sexo é determinado pelos cromossomos X e Y (ROBBINSON, 2015, p. 68).

72. Os cromossomos são formados por DNA (ROBINSON, 2015, p. 22, 29). O DNA é uma molécula de dupla-hélice, ou seja, tem o formato como de uma escada longa em espiral, ou podemos compará-la a um fio duplo torcido (ROBINSON, 2015, p. 91,92).

73. A molécula de DNA é formada por milhares de tijolos; cada tijolo se chama "nucleotídeo" (ROBINSON, 2015, p. 87, 89, 351), o qual é formado por três componentes; os componentes de cada tijolo são um fosfato, um açúcar desoxirribose e uma base nitrogenada (ROBINSON, 2015, p. 89, 351); três tijolos juntos formam um CÓDON (ROBINSON, 2015, p. 144, 349).

74. Existem quatro tipos de base nitrogenada: citosina, adenina, guanina, e timina (ROBINSON, 2015, p. 87).

75. O DNA é dividido em locos, ou seja, é dividido em regiões, nas quais os GENES se localizam (ROBINSON, 2015, p. 39, 24).

76. O cromossomo X possui muitos GENES; apenas um único GENE do cromossomo X é responsável na determinação do sexo feminino e, curiosamente, QUASE todos os GENES que agem para fazer fêmeas se encontram nos cromossomos não sexuais (ROBINSON, 2015, p. 69).

"Surpreendentemente, APENAS um GENE em X desempenha um papel na determinação do fenótipo para fêmea: todos os outros GENES que agem para fazer fêmeas estão nos cromossomos autossômicos (não sexuais)" (ROBINSON, 2015, p. 69). 

77. O cromossomo Y possui vários GENES; quase todos os GENES do cromossomo Y são responsáveis na determinação do sexo masculino (ROBINSON, 2015, p. 70) e, curiosamente, o cromossomo não sexual de número 17 possui um GENE, o qual também é responsável para fazer machos; o GENE mais importante do cromossomo Y é o GENE "SRY", pois ele é responsável pelo início do desenvolvimento dos testículos. Esse GENE é ativado durante a SÉTIMA semana de gestação (ROBINSON, 2015, p. 71).

 

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO)

78. É importante observar o que diz o Centro de Recursos GENÔMICOS da Organização Mundial da Saúde (OMS), o qual afirma que, (1) embora a maioria das mulheres sejam XX, alguns homens também nascem XX; (2) e embora a maioria dos homens sejam XY, algumas mulheres também nascem XY (BERENICE, 2018, p. 226). Acesse o site da Organização Mundial de Saúde (OMS, em inglês WHO).

79. Veja abaixo o primeiro parágrafo do texto original em inglês com a tradução.

"(1) Os seres humanos nascem com 46 cromossomos em 23 pares. Os cromossomos X e Y determinam o sexo de uma pessoa. A MAIORIA das mulheres é 46XX e os homens são 46XY.

(2) A pesquisa SUGERE, no entanto, que em ALGUNS partos por milhares de indivíduos nascerão com um cromossomo de sexo único (45X ou 45Y) (monossomias sexuais) e ALGUNS com três ou mais cromossomos sexuais (47XXX, 47XYY ou 47XXY, etc), as chamadas polissomias sexuais.

(3) Além disso, ALGUNS homens nascem com 46XX devido à translocação de uma pequena seção da região determinante do sexo do cromossomo Y.

(4) Do mesmo modo, ALGUMAS mulheres também nascem com 46 XY devido a mutações do cromossomo Y.

(5) Claramente, NÃO há apenas mulheres que são XX e homens que são XY, mas sim, há uma GAMA de complementos cromossômicos, balanças HORMONAIS e variações FENOTÍPICAS que determinam o sexo." 

"(1) Humans are born with 46 chromosomes in 23 pairs. The X and Y chromosomes determine a person's sex. MOST women are 46XX and MOST men are 46XY.

(2) Research SUGGESTS, however, that in a FEW BIRTHS per thousand SOME individuals will be born with a single sex chromosome (45X or 45Y) (sex monosomies) and SOME with three or more sex chromosomes (47XXX, 47XYY or 47XXY, etc) (sex polysomies).

(3) In addition, SOME males are born 46XX due to the translocation of a tiny section of the sex determining region of the Y chromosome.

(4)  Similarly SOME females are also born 46XY due to mutations in the Y chromosome.

(5) Clearly, there are not only females who are XX and males who are XY, but rather, there is a RANGE of chromosome complements, HORMONE balances, and PHENOTYPIC vatiations that determine sex."

(WORLD HEALTH ORGANIZATION, [20--?])

 

AS PALAVRAS ÀS VEZES CONFUNDEM

80. Com relação à palavra "gênero", o doutor em Psicologia Paulo Roberto Ceccarelli explica que a utilização da palavra "gênero", na área da Psicanálise, tem gerado mais polêmica do que consenso e explica que a DIFERENCIAÇÃO de significado entre as palavras "sexo" e "gênero" foi trazida para a área de Psicanálise pelo psicanalista ROBERT STOLLER, o qual utilizava a palavra "sexo" para se referir ao aspecto biológico e utilizava a palavra "gênero" para se referir ao aspecto psicológico e cultural, tendo a ver com a questão da APARÊNCIA, isto é, se a pessoa tem aparência feminina ou masculina (RIAL, 2010, p. 271, 276).

81. O doutor em Psicologia Raul Aragão Martinho explica que, assim como acontece com outras palavras, a palavra "gênero" é um termo que NÃO possui uma definição unificada, padronizada e, para não gerar confusão, é necessário dizer ao público com quem estamos conversando, qual é a definição que estamos utilizando (DIAS, 2018, p. 497).

 

TRANSEXUAIS

82. O biólogo Paulo Pedrosa explica que uma pessoa que se identifica com sua própria genitália é chamada de cisgênera. Simplificando, como sabemos, (1) heterossexual é uma pessoa que se identifica com a própria genitália e que se atrai pelo sexo oposto, (2) homossexual é a pessoa que também se identifica com sua própria genitália, porém sentindo atração apenas pelo mesmo sexo, (3) porém, quando uma pessoa NÃO se identifica com sua própria genitália, independente de se vai gostar do mesmo sexo ou não, simplificando, essa pessoa é chamada de transgênera ou transexual (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 142), (3) diferente da pessoa intersexual que, simplificando, é a pessoa que nasce com pênis e vagina, tradicionalmente conhecida como hermafrodita.  

83. O médico Marco Antônio diz que a transexualidade é algo RARO na população mundial (JORGE; TRAVASSOS, 2018, p. 56). Segundo o médico Leonard Sax, hermafroditas (intersexuais) também são RAROS (SAX, 2019, p. 324) e, com relação à bissexualidade, homens bissexuais são raros, porém mulheres bissexuais é algo comum (SAX, 2019, p. 311, 312) e, em se tratando de homossexualidade, o biólogo Paulo Pedrosa explica que a homossexualidade oscila entre 4 a 10% da humanidade (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 126).

84. O médico psiquiatra Marco Antônio Coutinho Jorge explica que a palavra "transgênero" se refere à pessoa que não se reconhece como sendo do sexo de nascimento e que a palavra "transexual", mais especificamente, se refere à pessoa que sente a necessidade de intervenção corporal (JORGE; TRAVASSOS, 2018, p. 59).

85. O médico psiquiatra Içami Tiba informa que a homossexualidade não é considerada patologia (TIBA, 2010, p. 93), MAS, por outro lado, o médico Marco Antônio explica que, segundo a Organização Mundial de Saúde, a transexualidade é considerada como patologia, estando no código CID 10 F64 (JORGE; TRAVASSOS, 2018, p. 56, 57).

86. O médico Leonard Sax explica que condições que necessitam de intervenção médicas são, de forma geral, consideradas como patologias, algo fora da normalidade. É por isso que a homossexualidade não é considerada patologia, assim como o que acontece com as pessoas canhotas (SAX, 2019, p. 290, 291, 340).

87. O médico Marco Antônio, falando sobre a transexualidade, explica que as intervenções cirúrgicas e hormonais não são baratas e a cirurgia, além de ser algo irreversível, não traz um resultado garantido e que, muitas vezes, o desconforto com o próprio corpo continua, mesmo após as intervenções corporais e, além disso, algo importante a notar é que, embora não seja maioria, o número de pessoas que querem voltar ao que eram antes tem aumentado (JORGE; TRAVASSOS, 2018, p. 22, 23).

"A DESTRANSIÇÃO é o retorno ao sexo biológico DEPOIS da intervenção hormonal e/ou cirúrgica; nem todas as pessoas que destransicionam falam em arrependimento, mas MUITAS vezes o desconforto em relação ao próprio corpo e sua imagem NÃO CESSA após as intervenções corporais. Apesar de não representar o que acontece na maior parte dos casos, a DESTRANSIÇÃO passou a ser alvo de reflexão pelo NÚMERO CRESCENTE de ocorrências." (JORGE; TRAVASSOS, 2018, p. 23). 

88. O médico Marco Antônio explica que, na NOMENCLATURA MÉDICA, homem transexual é a pessoa que nasceu com o sexo masculino, mas que se identifica como mulher, sendo representado pela sigla MtF, no inglês, de macho para fêmea, (2) enquanto que, de forma INVERSA, a mulher transexual é a pessoa que nasceu com o sexo feminino, mas que se identifica como homem, sendo representada pela sigla FtM, no inglês, de fêmea para macho. Porém, no meio popular, essa NOMENCLATURA é usada de forma inversa (JORGE; TRAVASSOS, 2018, p. 99, 100).

89. O médico Leonard Sax diz que existem homens que, embora se sintam como mulher, continuam tendo atração por mulher. Nesse caso, são chamados de trans MtF heterossexuais. De forma INVERSA, no caso de homens que se sentem como mulher e que sentem atração por homens, são chamados de trans MtF homossexuais.

90. Também existem mulheres que, embora se sintam como homem, continuam tendo atração por homem e, nesse caso, são chamadas de trans FtM heterossexuais. De forma INVERSA, no caso de mulheres que se sentem como homem e que sentem atração por mulheres, elas são chamadas de trans FtM homossexuais (SAX, 2019, p. 353).

 

HERMAFRODITAS

91. O médico Magnus Regius Dias da Silva fala sobre pessoas que possuem anatomia sexual atípica, ou seja, uma anatomia sexual DIFERENTE do comum. Na Medicina, referindo-se a tais pessoas, utiliza-se o termo "DDS", que significa "Diferenças do Desenvolvimento do Sexo" (DIAS, 2018, p. 385).

92. Nesse grupo com DDS, existem os não hermafroditas e existem os hermafroditas. Atualmente, o hermafrodita é chamado de pessoa INTERSEXO (DIAS, 2018, p. 384, 407)

93. O médico Magnus Regius apresenta a definição de pessoa INTERSEXO (hermafrodita), conforme a Tabela de Pasterski, que é a pessoa que possui anatomia genital ABÍGUA, ou seja, uma pessoa que nasce com pênis e com vagina, ou uma pessoa com anatomia genital INDETERMINADA (DIAS, 2018, p. 387).

94. O médico Magnus Regius explica que existem hermafroditas com características diferentes, por exemplo, existem hermafroditas que possuem a quantidade correta de cromossomos, por exemplo, mulheres (46XX) com HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA e homens (46XY) com INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA (DIAS, 2018, p. 386).

95. O doutor em Biologia Molecular Bill Sullivan explica que homens (XY) com INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA têm falta de um receptor funcional de testosterona e, devido a isso, desenvolvem genitália feminina e são geralmente criados como meninas e possuem atração por homens; e há mulheres (XX) com HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA, ou seja, enquanto estão no útero, são expostas a altos níveis de andrógenos, como a testosterona,  o que masculiniza o cérebro dela, aumentando a possibilidade de ela ser homossexual; a exposição do feto feminino à nicotina e anfetaminas também aumenta a possibilidade de a menina nascer homossexual (SULIVAN, 2019, p. 212).

"Homens com uma condição genética chamada SÍNDROME DE INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA (SIA) têm falta de um receptor funcional de testosterona. Homens com SIA desenvolvem genitália feminina e são geralmente criados como meninas, apesar de serem geneticamente homens (XY) e eles são atraídos por homens. Isso nos diz que a testosterona é necessária para masculinizar um cérebro pré-natal" (SULLIVAN, 2019, p. 212).

"Mulheres que têm uma condição genética chamada HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA (HAC) são expostas a altos níveis incomuns de andrógenos, como a testosterona, enquanto estão no útero, o que masculiniza o cérebro dela e aumenta a possibilidade de ela ser homossexual. A exposição do feto feminino à drogas, tais como nicotina e anfetaminas também aumenta a possibilidade de ela nascer homossexual (SULLIVAN, 2019, p. 212).

"Males with a genetic condition called ANDROGEN INSENSIVITY SYNDROME (AIS) lack a functional receptor for testosterone. Males with AIS develop female genitália and are usually brought up as girls, depite being genetically male (XY), and they are atracted to men. This tells us that testosterone is needed to 'masculinize' a prenatal brain" (SULLIVAN, 2019, p. 212).

"Girls who have a genetic condition called CONGENITAL ADRENAL HYPERPLASIA (CAH) are exposed to unusually high levels of androgens like testosterone while in the womb, which masculinize her brain end increase the odds of lesbianism". Exposing a female fetus to drugs such as nicotine or amphetamines also increases the odds of her being borns a lesbian (SULLIVAN, 2019, p. 212).

96. O médico Magnus Regius explica que também existem pessoas com variação na quantidade de cromossomos, por exemplo, mulheres com síndrome de Turner, com um cromossomo a menos, com 45X, e homens com síndrome de Klinefelter, com um cromossomo a mais, com 47XXY, porém tais pessoas geralmente NÃO são hermafroditas (DIAS, 2018, p. 386, 387).

97. O biólogo Paulo Pedrosa explica que a pessoa com síndrome de TURNER possui apenas um cromossomo sexual (X) e a genitália fica feminina, porém não completamente formada, enquanto que a pessoa com síndrome de KLINEFELTER possui três cromossomos sexuais XXY, a genitália fica masculina, porém a pessoa tem poucos pelos e tem o crescimento dos seios (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 141).   

98. A Escala Prader mostra graus de hermafroditismo de mulheres (46XX). O primeiro grau indica a mulher que nasce com pênis e vagina; o quinto grau indica a mulher que nasce com pênis, porém com um pequeno vestígio de vagina (DIAS, 2018, p. 392, 393).

 

REVISTA NATURE (2015)

99. O médico Dráuzio Varella fala sobre um artigo publicado em 2015, pela "Revista Científica Nature", com o título "O Sexo Redefinido" (DIAS, 2018, p. 9)(leia o artigo).

100. O geneticista Paul James fala sobre uma mulher que havia gerado três filhos e que o corpo dessa mulher era composto tanto de células XX quanto de células XY. Novas tecnologias de sequenciamento de DNA mostram que quase todos nós, em graus diferentes, temos células com sexo diferente das células do resto do corpo (AINSWORTH, 2015, p. 288).

101. Também há o caso de um homem que havia gerado quatro filhos e que somente na velhice descobriu que havia nascido com útero (AINSWORTH, 2015, p. 290).

102. Há pessoas que nascem com MOSAICISMO, ou seja, partes do corpo são XX e outras partes são XY. Há pessoas que possuem MICROQUIMERISMO, que é quando células-tronco do FETO entram no sistema sanguíneo da mãe e vice-versa, sendo encontradas até no cérebro e tais células não ficam inativas (AINSWORTH, 2015, p. 290).

 

RESUMINDO

103. O biólogo Paulo Pedrosa explica que os hormônios sexuais determinam a formação da genitália e que, somente após o SEGUNDO mês de gravidez é que a genitália fica formada. (1) SE o embrião tiver um cromossomo Y, esse cromossomo manda ordens para produzir o hormônio testosterona, para que o pênis e os testículos sejam formados. PORÉM, (2) SE o embrião NÃO tiver o cromossomo Y, a testosterona não é produzida e então formam-se uma vagina e ovários; SE houver algum erro nesse período, a genitália pode ficar HERMAFRODITA (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 141).

104. O biólogo Paulo Pedrosa explica que, APÓS as genitálias serem formadas, existem HIPÓTESES que mostram que é na SEGUNDA metade da gravidez que podem ocorrer variações na configuração sexual no cérebro, dando origem à homossexualidade e à transexualidade (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 142)

105. Relembrando e simplificando, a diferença é que, na homossexualidade, a pessoa se identifica com a própria genitália, porém sente atração pelo mesmo sexo, enquanto que, na transexualidade, a pessoa NÃO se identifica com a própria genitália, podendo sentir atração pelo mesmo sexo ou pelo sexo oposto (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 142)

106. O biólogo Paulo Pedrosa conclui, dizendo que, ao que tudo indica, a causa da homossexualidade é uma mistura de fatores hormonais dentro do útero e fatores genéticos e epigenéticos (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 155).

"O que podemos CONCLUIR dos estudos existentes ATÉ HOJE é que a HOMOSSEXUALIDADE é comprovadamente um fenômeno natural, presente em diversas espécies de animais sociais. Ao que tudo INDICA, sua CAUSA é uma mistura de fatores genéticos, epigenéticos, hormonais (na gestação) e ambientais (principalmente em bissexuais) que geram alterações observáveis tanto anatomicamente (no cérebro) quanto no comportamento sexual." (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 155)

107. O biólogo Paulo Pedrosa explica que a epigenética estuda a expressão dos genes, pois, na presença de fatores genéticos, celulares e até ambientais, os genes podem se expressar de forma mais forte ou mais fraca ou até serem silenciados (PEDROSA; LOPES, 2019, p. 146).  

108. O doutor em Biologia Molecular Bill Sullivan (SULIVAN, 2019, p. 213) explica que a homossexualidade possui base biológica, a qual é programada no cérebro, com uma combinação genética e ambiental, a qual ocorre no ambiente  dentro do útero, ou seja, ocorre ANTES de a criança nascer:

"A evidência impressionante mostra que a ATRAÇÃO pelo mesmo sexo NÃO é diferente da ATRAÇÃO que os heterossexuais experimentam. Ambos possuem uma base biológica e são programados no cérebro ANTES do nascimento, baseado em uma combinação de genética e condições ambientais [...]" (SULLIVAN, 2019, p. 213)

"The overwhelming evidence shows that same-sex attraction is not unlike the attraction heterosexuals experience. Both have a biological basis and are programmed into the brain before birth based on a mix of genetics and environmental conditions [...]" (SULLIVAN, 2019, p. 213) 

109. O médico Leonard Sax explica que a base da homossexualidade masculina é diferente da base da homossexualidade feminina (SAX, 2019, p. 295, 296) e que, para encontrar fatores de nascença, um dos métodos é fazer o Estudo de Gêmeos. Os gêmeos idênticos, chamados de "gêmeos monozigóticos", compartilham o mesmo DNA, enquanto que os gêmeos dizigóticos compartilham mais ou menos 50% do DNA (SAX, 2019, p. 293).

110. O médico Leonard Sax diz que, em um estudo com gêmeos idênticos, 52% dos irmãos também eram homossexuais e entre gêmeos não idênticos, 22% eram homossexuais e entre irmãos adotados, 11% eram homossexuais (SAX, 2019, p. 293), mas tais estudos sugerem que existe um fator genético maior na homossexualidade masculina do que na homossexualidade feminina (SAX, 2019, p. 294).   

111. O resultado do estudo de gêmeos é um indício de que, na homossexualidade, existe tanto um componente genético (SAX, 2019, p. 293) quanto um componente ambiental biológico (SAX, 2019, p. 294, 295).       

112. O doutor em Biologia Molecular Bill Sullivan diz que, embora o geneticista Dean Hamer tivesse falado sobre um possível gene homossexual, por outro lado, hoje se sabe que é IMPROVÁVEL que somente um único gene determine a orientação sexual, mas sim, sabe-se que muitos genes estão envolvidos, como veremos a seguir, juntamente com a influência do ambiente dentro do útero (SULIVAN, 2019, p. 211).

113. Em 1993, o geneticista Dean Hamer descobriu que a seção Xq28 do cromossomo X influencia na orientação sexual e, em 2015, outro estudo maior confirmou isso (SULIVAN, 2019, p. 210).

114. Os Estudos de Associação em Todo o Genoma descobriram que o gene SLITRK6 também está relacionado à orientação sexual (SULIVAN, 2019, p. 210).

115. Em 2010, a bióloga Chankyu Park, em um experimento com animais, descobriu que o gene FucM tem relação com a orientação sexual (SULIVAN, 2019, p. 210, 211).

116. A neurologista Catherine Dulac, em um experimento com animais, descobriu que o gene TRPC2 também tem relação com a orientação sexual (SULIVAN, 2019, p. 211).

 

CONCLUSÃO

117. Finalizando, o neurocientista Simon Levay, o qual possui doutorado em Neurociência, sobre a origem da homossexualidade, explica que, (1) embora, por um LADO, o que se tenha no meio acadêmico-científico, por enquanto, seja TEORIA, a qual diz a origem da homossexualidade ou bissexualidade acontece no cérebro, quando a criança ainda está no útero, sendo os principais fatores os HORMÔNIOS sexuais e os sistemas cerebrais , (2) por OUTRO LADO, NÃO existe nenhuma EVIDÊNCIA real, para afirmar que a homossexualidade ou bissexualidade tenha origem no convívio familiar, ou na aprendizagem, ou nas primeiras experiências sexuais ou na escolha livre, (4) muito embora NÃO se possa descartar a possibilidade de que tais fatores possam INFLUENCIAR em algo e, (5) embora essa explicação da origem da homossexualidade seja apenas uma TEORIA, (6) por outro lado, essa TEORIA tem fornecido HIPÓTESES que têm sido CONFIRMADAS, por meio de OBSERVAÇÃO e de experimento (LEVAY, 2017, p.163).

"(1) O orientação sexual é um aspecto de gênero que SURGE da diferenciação sexual PRENATAL do cérebro. Se uma pessoa vem a se tornar homossexual, heterossexual ou bissexual DEPENDE, em grande parte, de como esse processo de diferenciação sexual progride, sendo os ATORES PRINCIPAIS os hormônios sexuais e os sistemas cerebrais que os influenciam.

(2) Nenhuma evidência é CONCLUSIVA ou PROVA de que a afirmação anterior esteja correta. Na verdade, o conceito de 'prova' não está no vocabulário da maioria dos cientistas. Em vez disso, o parágrafo anterior representa um CONJUNTO UNIFICADO DE IDEIAS (uma TEORIA) que têm impulsionado inúmeras projeções (HIPÓTESES), muitas das quais têm sido CONFIRMADAS, por meio de observação e EXPERIMENTO. Isso está longe de um entendimento completo sobre como a orientação sexual se desenvolve, porém isso fornece uma BASE SÓLIDA para a pesquisa futura sobre o tópico.

(3) [...] atribuindo a homossexualidade à dinâmica familiar, aprendizagem, primeiras experiências sexuais ou escolha livre [...] NÃO há nenhuma evidência real que apoie qualquer uma dessas ideias, embora nós não possamos completamente descartar que elas desempenhem algum papel." (LEVAY, 2017, p.163).

"(1) Sexual orientation is an aspect of gender that emerges from the PRENATAL sexual differentiation of the brain. Whether a person ends up gay, straight, or bissexual depends in large part on how this process of biological differentiation goes forward, the lead actors being genes, sex hormones, and the brain systems that they influence."

(2) No single piece of evidence is the clincher or proof that the foregoing statement are correct. In fact, the concept of 'proof' is not in the most scientists' vocabulary. Rather, the previous paragraph representes a unified set of ideas (a theory) that has spurred numerous predictions (hypotheses), many of which have been confirmed by OBSERVATION and EXPERIMENT. It is far from a complete understanding of how sexual orientation develops, but it provides a SOLID BASIS for future research on the topic."

(3) [...] ascribing homossexuality to family dynamics, learning, early sexual experiences, or free choice [...] there is NO actual evidence to support any of these ideas, although we cannot completely rule out that they play some role."

118. Quando alguém, por exemplo, comenta algo sobre a homossexualidade, dizendo, por exemplo, que não é normal ou não natural, é importante considerar o seguinte: como a definição de certas palavras, às vezes, varia de pessoa para pessoa, então, é útil perguntar à  tal pessoa como ela define as palavras normal e natural? Normal seria algo que não é raro? Natural seria algo que não é artificial? 

.119. É importante e útil também perguntar se a pessoa está se baseando na ciência, ou em crença, ou entendimento pessoal. Se a pessoa disser que está se baseando na ciência, então é necessário a pessoa citar autores acadêmicos, o nome do livro ou do artigo, a editora, o ano de publicação e número da página, conforme foi feito neste estudo.

120. Se a pessoa disser que está se baseando em crença, é necessário considerar que existem ateus, agnósticos e existem pessoas com crenças diferentes. E até quando se trata de uma mesma crença, existem interpretações diferentes, pois, em uma mesma crença, não existe apenas uma única interpretação. Para uma abordagem religiosa não tradicional, acesse o meu outro site (outro site).

 

Muito obrigado.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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VARELLA, Dráuzio. Borboletas da Alma: Escritos Sobre Ciência e Saúde. Editora: Companhia das Letras, 2006.

VIEIRA, Eli. Resposta à cartilha [...]. [s.l.: s.n.], [20--?]. Disponível em: https://blog.elivieira.com/resposta-cartilha-obscurantista-da/. Acesso em: 13 ago. 2020. 

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Genomic Resource Centre: Gender and genetics. [s.l.: s.n.], [20--?]. Disponível em: https://www.who.int/genomics/gender/en/index1.html. Acesso em: 13 ago. 2020.

 

 

A

HANDBOOK OF BEHAVIOR GENETICS (2009)

REVISTA NATURE: SEX REDEFINED (2015)

REVISTA SCHIENCE: LARGE-SCALE GWAS (2019)

 

DRAUZIO VARELLA (MÉDICO)

ELI VIEIRA (BIÓLOGO, GENETICISTA)

PAULO PEDROSA (BIÓLOGO)

PAULO ROBERTO CECCARELLI (PSICÓLOGO)

SIMON LEVAY (NEUROCIENTISTA)

BILL SULLIVAN (BIÓLOGO MOLECULAR)

 

LIVRO "GENÉTICA PARA LEIGOS"

LIVRO "INTERSEXO"

LIVRO "POR QUE GÊNERO IMPORTA?"

LIVRO "GAY, STRAIGHT AND REASON WHY"

LIVRO "PLEASED TO MEET ME"

 

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSICOLOGIA

SEXUALIDADE NA GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

O CASO REIMER

 

 

 

47. O neurocientista Simon Levay, também diz que pouquíssimos ou nenhum homossexual tiveram sucesso  :

"Porém, pouquíssimos ou nenhum dos homossexuais que tentaram se tornar heterossexuais - geralmente com altos custos financeiros e psicológicos - tiveram sucesso em fazer tal tentativa" (LEVAY, 2017, p. 22).                   

"Yet very few if any gay people who have attempted to become straight - often at enormous financial and psychological cost - have succeeded in doing so." (LEVAY, 2017, p. 22).         

 

46. Com relação a isso, Simon Levay, o qual possui doutorado em Neurociência, diz que, de acordo com a maioria dos profissionais de saúde mental, as terapias de reversão possuem pouca ou nenhuma possibilidade de sucesso, podendo causar prejuízo na autoimagem da pessoa.  

"Tem havido um longo debate sobre se os homossexuais que desejam se tornar heterossexuais podem conseguir isso, por meio de algum tipo de intervenção [...] psicanálise, outras formas de psicoterapia, condicionamento [...] O ponto de vista majoritário entre os profissionais da saúde mental é de que as chamadas terapias conversivas ou reparativas têm pouca ou nenhuma possibilidade de sucesso e pode causar prejuízo significativo, ao reforçar a autoimagem negativa do homossexual." (LEVAY, 2017, p. 7).    

"There has been a long-running debate about whether gay people who want to become heterossexual can do so through some kind of intervention [...] psychoanalysis, other forms of psychotherapy, conditioning [...] The majority viewpoint among mental-health professionals is that these so-called conversion therapies or reparative therapies have little if any chance of success and can cause significant harm by reinforcing the gay person's negative self-image." (LEVAY, 2017, p. 7).

 

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